DPO: uma carreira cada vez mais promissora e desejada entre os profissionais de TI

DPO: uma carreira cada vez mais promissora e desejada entre os profissionais de TI. Dados. Esse é provavelmente o maior tesouro de uma empresa nos dias de hoje. Armazenar, coletar e gerenciar um alto volume de dados, em uma escala gigantesca, oferece diversas alternativas de planejamentos e estratégias para qualquer organização.

Pense em empresas de grande porte, como a Apple, Amazon, Microsoft, Google e Samsung. Todas possuem em seus dados um papel fundamental para o desempenho organizacional. Todavia, empresas pequenas e de médio porte também sabem da importância em nutrir e cultivar essa base relevante de informações.

Além disso, com o surgimento das regulamentações de dados, como o GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), os processos passaram a ser vorazes no acompanhamento de como essas informações estão sendo gerenciadas, na qual aumentou significativamente a preocupação e prudência com o tratamento dos dados.

E é exatamente aí que entra em cena o Data Profissional Officer (DPO). Profissional responsável em ajudar uma empresa a ficar em conformidade com todas as regulamentações previstas em lei.

Porém, como as regulamentações são recentes (GDPR começou a ser aplicado em 2018, e a LGPD, lei brasileira sobre proteção de dados, em 2020), ser um DPO pode parecer um ponto de interrogação e desconfiança para muitas pessoas. Afinal, a carreira de um DPO é ou não promissora?

A resposta, sem dúvida, é um grande “sim”. Considerando tudo o que foi dito sobre a importância do tratamento de dados, o DPO tem um papel-chave na evolução desse recurso. Então, é natural que as empresas – não apenas as grandes, mas todas que lidam com dados – necessitem cada vez mais de um DPO.

Inclusive, essa já é uma tendência comprovada. Segundo pesquisa do PageGroup, empresa de recrutamento do Reino Unido, entre as profissões mais procuradas pelas empresas, o DPO faz parte das 30 funções mais requisitadas pelas organizações brasileiras para o ano de 2021.

Assim sendo, é possível concluir que as companhias já entenderam o grau da importância em ter alguém que faça a ponte entre a situação da empresa/negócio e o que a lei determina.

No entanto, além do aumento de procura por um DPO, o levantamento também trouxe outra informação valorosa, que indica como seguir nessa carreira pode ser interessante. Pois, o salário é bem atrativo e acima da média para o padrão nacional atual, algo que gira em torno de R$ 20 mil ao mês. Condição esta, que incentivam profissionais a se qualificarem em busca da sonhada estabilidade financeira e conforto.

A boa notícia é que profissionais de diversos segmentos podem ser um DPO. Isso porque a atuação dele é bastante ampla, aplicando conceitos de diversos setores. É comum encontrarmos profissionais da área de Direito, TI (Segurança da Informação), Gestão de Processos e Administração exercendo a função.

Aliás, a própria GDPR não inclui uma lista de credenciais de um DPO. Um dos artigos do regulamento diz que ele só necessita ter “conhecimento especializado das leis e práticas de proteção de dados”. Portanto, um DPO apenas precisa estar alinhado com as operações que envolvem o processamento de dados da organização.

Entretanto, há um ponto reputável a se ressaltar. O DPO não pode ter nenhum conflito de interesses (isso é inclusive passível de uma grave multa por parte da GDPR, que pode chegar a 10 milhões de Euros ou 2% do faturamento mundial). Por exemplo: se você é um advogado que pode representar a empresa em um processo legal, você não seria qualificado para ser um DPO dessa mesma empresa.

Por fim, é importante destacar que, para ser um DPO, o profissional já precisa ter certa experiência em relação à segurança e manuseio de dados. Além disso, caso você queira seguir a carreira de DPO, é bom saber sobre a formação teórica que engloba essa função.

Certificações voltadas para a proteção e gerenciamento de dados estão sendo solicitadas pelas empresas que procuram por um DPO. Ou seja, apesar de ser uma função bastante ampla, é preciso ter certo embasamento teórico.

No momento, o programa de certificação com mais credibilidade para quem quer exercer a atividade de DPO é o da empresa holandesa EXIN. Ao todo, o instituto conta com três cursos que são recomendados para quem quer ser um DPO em qualquer lugar do mundo. Um investimento necessário e que vale a pena, já que as oportunidades são inúmeras.

Adriano Martins Antonio, fundador e CEO da PMG Academy, atua há 24 anos na área de Segurança da Informação, Gerenciamento de Projetos, Governança de TI e Gestão de Negócios e TI, instrutor e consultor de cursos oficiais EXIN e Axelos, possui mais de 50 certificações internacionais.

Artigo publicado originalmente em 06/03/21 – Estadão

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